É impossível negar os benefícios que a cirurgia bariátrica oferece ao tratamento da obesidade. Com a evolução da medicina, novos métodos foram desenvolvidos. Um deles é a cirurgia de sleeve. Você sabe como essa técnica funciona? Nesse post, você vai conhecer um pouco mais sobre o procedimento e sobre como ele é realizado.
O que é a cirurgia bariátrica?
A cirurgia bariátrica tem por objetivo tratar a obesidade mórbida ou grave e as doenças adquiridas em função dela, tais como, diabetes e hipertensão arterial. O procedimento é indicado para pessoas com o Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 40 ou maior ou igual a 35, para quem já tenha desenvolvido alguma complicação em função da doença. A cirurgia é indicada para pacientes que estejam aptos física e psicologicamente. A regulamentação do procedimento é feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que também estabelece critérios para sua realização. O CFM autoriza a execução de apenas quatro tipos de técnicas de cirurgia bariátrica, sendo eles a gastroplastia em Y de Roux (GYR), a gastrectomia vertical (GV), a derivação biliopancreática (DBP) e a banda gástrica ajustável.O que é a cirurgia de sleeve?
A cirurgia de sleeve é um método recente que vem sendo bem aceito na comunidade médica internacional. A técnica consiste em construir um novo estômago com o formato de um tubo fino. Para essa construção, é preciso remover cerca de 70% do tamanho original do órgão. Porém, ela não altera o caminho dos alimentos, eliminando apenas a porção ociosa do estômago. O procedimento pode ser feito por laparoscopia, reduzindo o tempo de internação. A cirurgia de sleeve costuma durar duas horas e precisa que o paciente permaneça internado por três dias. Essa redução no tamanho irá restringir a alimentação do paciente e diminuir a produção de grelina, o hormônio da saciedade. Entre os principais benefícios desse método, estão:- Não precisar remover o duodeno do trânsito intestinal. Desse modo, não há qualquer interferência na absorção de nutrientes, vitaminas e minerais;
- Caso não apresente o resultado esperado, pode ser alterada para o método bypass gástrico;
- Permitir o uso de endoscópio para acessar às vias biliar e pancreática;
- Não precisar de anastomose ou rotação do intestino.
- É um procedimento irreversível;
- O paciente pode apresentar complicações graves e de difícil tratamento, como fístula junto ao ângulo de Hiss;
- Quando comparada à técnica de bypass gástrico, apresenta resultados inferiores no que tange à perda de peso;
- Por ser uma técnica nova, seus efeito a longo prazo ainda não são conhecidos;
- Pode piorar o quadro de refluxo gastroesofágico em razão da perda dos mecanismos anti-refluxo.