Diagnóstico e Tratamento da Acromegalia

A acromegalia é uma condição rara causada pela produção excessiva de hormônio do crescimento (GH) geralmente devido a um tumor benigno na glândula hipófise. Essa doença afeta principalmente adultos de meia-idade e pode trazer complicações graves se não tratada. Como endocrinologista, sei da importância de reconhecer os sinais precocemente e iniciar o tratamento adequado. Neste artigo, abordo os principais aspectos do diagnóstico e tratamento da acromegalia.

Sinais e sintomas da acromegalia

Os sintomas da acromegalia se desenvolvem de forma lenta e podem passar despercebidos por muitos anos. Os principais sinais incluem:

  1. Mudanças físicas progressivas: Crescimento excessivo das mãos e dos pés, além do aumento de traços faciais como mandíbula e nariz.
  2. Espessamento da pele: A pele pode tornar-se mais grossa, oleosa e propensa a acne.
  3. Dores articulares: A artralgia é comum devido ao crescimento anormal de tecidos.
  4. Problemas metabólicos: Aumento do risco de diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares.
  5. Compressão de nervos: Formigamento ou dormência nas mãos (síndrome do túnel do carpo) é frequente.
  6. Cefaleia e problemas visuais: O tumor hipofisário pode causar dor de cabeça e alterações na visão devido à pressão em estruturas cerebrais vizinhas.

Diagnóstico da acromegalia

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações. Os passos incluem:

  1. Histórico clínico detalhado e exame físico: Avaliar os sintomas característicos e alterações físicas.
  2. Dosagem hormonal: Medir os níveis de IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina-1) e GH. Níveis elevados sugerem a presença da condição.
  3. Teste de supressão do GH: É realizado com administração de glicose; na acromegalia, os níveis de GH permanecem elevados.
  4. Exames de imagem: A ressonância magnética é essencial para identificar o tumor na hipófise e avaliar seu tamanho.

Tratamento da acromegalia

O tratamento visa normalizar os níveis hormonais, aliviar os sintomas e tratar eventuais complicações. As opções incluem:

  1. Cirurgia transesfenoidal: O procedimento de escolha para remover o tumor hipofisário. É minimamente invasivo e muitas vezes eficaz na normalização dos níveis hormonais.
  2. Terapia medicamentosa:
    • Análogos da somatostatina: Medicamentos como octreotida e lanreotida ajudam a reduzir os níveis de GH.
    • Agonistas dopaminérgicos: Cabergolina pode ser usada em casos mais leves.
    • Antagonistas do receptor de GH: Pegvisomanto bloqueia a ação do GH nos tecidos.
  3. Radioterapia: Utilizada quando a cirurgia não é suficiente ou não é possível. Atua na redução do tamanho do tumor e controle dos níveis hormonais.

Importância do acompanhamento

Pacientes com acromegalia precisam de acompanhamento regular para monitorar os níveis hormonais e avaliar possíveis complicações a longo prazo, como doenças cardiovasculares e diabetes.

Se você ou alguém que conhece apresenta sinais sugestivos de acromegalia, procure um endocrinologista. Um diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem fazer toda a diferença na qualidade de vida. Quer saber mais? Estou à disposição para esclarecer dúvidas e ajudar na busca por informações confiáveis sobre essa condição rara.

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